Como uma das maiores mineradoras do Brasil/Mundo aumentou substancialmente a performance e a durabilidade da manutenção nas Bombas Modelos Multitec C150/6 11.1 (KSB)


Confira este case que trata da importância de seguir um critério rigoroso durante a manutenção de equipamentos hidráulicos. A fim de garantir a confiabilidade e a disponibilidade do equipamento, otimizando os processos industriais, melhorando os resultados da produção e aumentando a rentabilidade da empresa.


INTRODUÇÃO

A alta eficiência e a confiabilidade dos equipamentos da planta industrial são itens fundamentais para aumentar a produtividade e melhorar a competitividade das empresas. E para alcançar as duas condições, a indústria de hoje já tem claramente definido que a manutenção dos equipamentos é o processo mais eficaz.

Para a manutenção de um equipamento atingir o retorno econômico máximo para a empresa, ela deve obedecer aos critérios de Eficiência, Eficácia, Efetividade, Produtividade e Qualidade.

A seguir você vai conhecer alguns procedimentos do processo de manutenção corretiva adotados pela AWA Equipamentos na execução da manutenção da Bomba Modelo Multitec C150/6 11.1, junto ao parque instalado em uma das maiores mineradoras de ouro presente no Brasil. Esses procedimento asseguraram o aumento substancial da vida útil dos componentes, zerando a interrupção da operação por motivos não programados e, principalmente, aumento da performance – melhora do rendimento e aumento efetivo da vazão.

O EQUIPAMENTO

A Bomba Modelo Multitec C150/6 11.1, produzida pela empresa KSB Brasil Ltda., é uma bomba centrífuga horizontal, de alta-pressão, desenvolvida para o trabalhos rigorosos no bombeamento de águas, alta pressão de trabalho, irrigação, aquecimento, água de alimentação da caldeira, água quente, circulação do condensado e destilado, solventes, sistemas de combate a incêndios, sistemas de filtros, sistemas de lavagem, osmose reversa, entre outros.

DESAFIO

O equipamento hidráulico aqui tratado pertence a uma das maiores mineradoras do país e é utilizado para o processo de drenagem de galerias. O processo está entre as etapas iniciais na extração do mineral, e a sua interrupção impacta diretamente na paralisação das etapas seguintes.

Devido às condições apresentadas no local onde a bomba está instalada, ela sofre um desgaste altíssimo para executar a sua tarefa, com isso precisa de manutenção corretiva constantemente. 

Ao problema ser apresentado para a AWA Equipamentos, foi relatado que o tempo de funcionamento entre as manutenções era de no máximo 15 dias e o tempo gasto com a execução de cada serviço de manutenção era de cerca de 45 dias. Por tanto, o equipamento funcionava durante 15 dias, parava por 45 dias, voltava para a produzir por mais 15 dias e assim sucessivamente. 

Para encontrar uma solução que trouxesse mais produtividade ao equipamento, foram avaliadas todas as questões da operação, condições de trabalho e o como foi feita a manutenção anterior.

PARECER TÉCNICO

Etapa inicial
Chegada do equipamento na oficina da AWA Equipamentos
Processo de desmontagem da bomba
Preparação das peças
Etapa de avaliação das condições e preparação das peças
  • LUVAS PROTETORAS E DISTANCIADORAS DOS ROTORES

A Luva Distanciadora é utilizada quando há desgaste do rotor sem ter a necessidade de trocar o mesmo. Observamos que os materiais empregados não são condizentes com os materiais e pressões empregadas na bomba, ocorrendo assim oxidações e desgastes severos, comprometendo toda a estrutura do conjunto girante, uma vez que, devido a oxidação formada, há o travamento do material junto ao eixo.

Luva Distanciadora utilizada em nossa montagem. Todas em ais 420 temperado para uma dureza de 400-430 HB, idêntica a dureza das luvas protetoras dos eixos, garantindo assim que mesmo mediante altas pressões não ocorra desgastes ou arrastro de material, além de não apresentar oxidações.

O pistão montado no equipamento estava fora de dimensional – cerca de 1,2 mm – e suas ranhuras eram diferentes do original. Lembramos que essa peça é responsável pelo controle do empuxo axial do equipamento, funcionando como um embolo de cilindro – e qualquer diferença de dimensional está proporcionalmente relacionado a força axial do mesmo. Portanto a KSB permite um desgaste de até 08, acima disto ou tendo alteração do mb dimensional, como neste caso onde foi usinado, o pistão é compensado na bucha do pistão, comprometendo toda a hidráulica do equipamento.

Observando a bucha do pistão nota-se que a oxidação é ampla na peça, o que caracteriza a inconsistência com o material recomendado pela KSB, que seria inox 420 temperado para 40-50 HRc.

Luva protetora do eixo, que provavelmente foi confeccionada, ou recuperada, em material diferente do especificado. Apesar de não possível afirmar, é clara a diferença deste material para o recomendado pela KSB, que seria ais 420 temperado par 400-430B. Devido a essa questão, a mesma se encontrava oxidada e com fissuras, que provavelmente estavam desgastando prematuramente as gaxetas, ocasionando excesso de vazamento nas gaxetas e contaminação do manancial com água.

Anéis de desgaste dos corpos de estágio. Foram encontrados anéis folgados na região de montagem dos mesmos e, observa-se que para compensar esta folga eles foram soldados, tentando garantir a fixação. Mas constatamos que estavam com as soldas quebradas por não terem sidos fixados de forma adequada, ou mesmo seguindo qualquer critério.

O anel de desgaste do corpo de sucção se soltou. Provavelmente, pela forma inadequada que foi fixado no corpo, ele girou com o rotor e corpos simultaneamente, ocasionando no corpo e no rotor um desgaste. Nota-se também que o material empregado não é o recomendado pelo fabricante, pois há muita oxidação no mesmo. Neste caso, optamos em usinar o corpo de sucção, regularizando a superfície, e usinar o rotor na região dinâmica do anel de desgaste. Foi confeccionado, então, um anel de desgaste sob medida, para que seja reaproveitado tanto o rotor como o corpo de sucção.

Apresenta-se o corpo de sucção da área de fixação do anel de desgaste, onde ocorreu o desgaste. Foi necessário preenchimento com solda para restabelecer a geometria da peça e, posteriormente, mandrilhamento da sede do anel de desgaste.

Confira ao lado o corpo de sucção sendo mandrilhado para conclusão da recuperação.

Nos difusores foram encontradas recuperações por solda, realizadas de forma inadequada. Nota-se que a qualidade da solda ou o eletrodo não era compatível com o material do difusor.

Difusor antes do reparo.

Difusor após o reparo.

O eixo sofreu empeno acima do permitido, além de desgaste por corrosão ao longo de sua extensão, se agravando mais na região de alta pressão. Observar-se que a luva distanciadora utilizada para recuperar o rotor não é de material compatível, gerando oxidação severa na mesma. O eixo deve ser em material recomendado pela KSB, que tem concentração de níquel em sua estrutura.

Etapa de montagem da bomba hidráulica

Material sendo preparado para montagem.
Peças sendo balanceadas individualmente.
Conjunto girante balanceado.
Montagem da bomba.

Equipamento pronto e inspecionado.

CASE

E foi assim que a mineradora aumentou a confiabilidade e a disponibilidade do seu equipamento:

  • durabilidade do serviço de manutenção – de 15 dias para 60 dias;
  • tempo de paralisação da produção devido a execução do serviço de manutenção – de 20 dias para 15 dias.

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